Há algumas coisas que me irritam nas pessoas. Uma delas é, sem dúvida, quando alguém, que tem a mania da superioridade, quer desempenhar o papel de juiz, com a agravante de o fazer em relação a desconhecidos.
Estes 'artistas' reles fazem juízos de valor baseados no visual, na forma de vestir, nos gostos ou naquilo em que as pessoas trabalham. 'Esquecem-se', por isso, de que o elemento-chave para se proceder ao acto de 'julgar' alguém é ir à essência daquele ser humano, àquilo que realmente ele é e vale. E, para se poder fazer esse julgamento, é necessário, pelo menos, um razoável grau de conhecimento.
Vou aqui usar-me como exemplo. Já aqui referi que tenho alguns anéis e, no Inverno, também gosto muito de usar gorros (na foto aparecem alguns exemplares da minha 'colecção'). São gostos meus. Há, certamente, quem aprecie e quem não aprecie. Nem se deve levantar discussão em torno disso, havendo apenas a legitimidade para se gostar ou não.

Agora imaginem que, inclusivamente, me desleixo uns dias sem fazer a barba. Dessa forma, apareço com anéis nos dedos, um gorro na cabeça e uns pêlos na face. Em função desse aspecto visual, eu teria, necessariamente, que ser um chunga ou um marginal? E já agora, por roer as unhas, teria que ser um praticante de actos 'nojentos'? Evidentemente que não.
Usando uma indumentária formal (fato e gravata, por exemplo) ou informal, com ou sem barba, sou exactamente a mesma pessoa. Defendo os mesmos princípios e valores. Os defeitos e virtudes mantêm-se igualmente inalteráveis. O essencial, neste caso a conduta da minha pessoa, está lá, independentemente da imagem, uns dias mais desportiva, outros mais formal.
Porém, alguns desses 'juízes' da treta que por aí circulam, sem nada de útil para fazer, teimam em catalogar negativamente pessoas que não conhecem e, como resultado da sua cegueira, preconceito ou maldade, condená-las injustificadamente. Isto irrita-me solenemente. A estupidez humana é, de facto, uma realidade sem limites...
O que vale é que os 'julgamentos' feitos por estas 'vedetas' raramente produzem qualquer efeito válido e, no fundo, elas acabam mesmo por dar 'tiros nos próprios pés', revelando aos outros quem são. Perante isto, compete aos 'réus' ignorar e conceder importância àquilo que realmente tem valor real. O resto são papéis para deitar ao caixote do lixo...
Para finalizar, aconselharia somente as tais mentes julgadoras a irem comprar umas embalagens de humildade e uns pacotes de inteligência. Mas isso não se vende nas lojas, o que é, efectivamente, uma grande chatice... para elas!
Nota: Usei-me como exemplo para mais facilmente conseguirem compreender onde queria chegar e este texto não é resposta a nenhum comentário que aqui foi feito anteriormente por algum bloguista. Se ficasse desagradado ou ofendido com algum comentário, teria respondido imediatamente através de um comment. Não foi o caso e este post é somente um texto sobre um assunto, tal como outros que já aqui abordei de forma crítica.
Abraço/beijinhos