Este post é uma analogia entre a vida e um jogo a que assisti. Neste caso, o jogo da final do Estoril Open, em Ténis. Apenas peço a quem começar a ler este texto que o leia até à última linha, independentemente de gostar de ténis ou não. (Se não gostarem do texto, 'batam-me' nos comments, mas leiam!).
Com base nesse embate decisivo, retirei do 'court' quatro lições importantes e que nos podem guiar nas nossas vidas:
1. Temos que acreditar sempre em nós. O factor confiança é fundamental para podermos saborear sucessos. Mesmo perante as maiores adversidades, há que manter a fé e não 'atirar a toalha ao chão, lutando até ao fim pelas metas que pretendemos atingir.
2. Devemos sempre jogar pelo seguro, sem nunca cair em facilitismos, mesmo que os nossos objectivos estejam perto da concretização.
3. Tão depressa podemos estar na mó de cima, como, abruptamente, cair no fosso. A distância entre estes dois pólos pode ser demasiado ínfima...
4. Nem sempre tudo o que parece que vai ser, o será na realidade!
Estes tópicos advêm, então, do que se passou no jogo entre o americano James Blake e o espanhol Albert Montanes. E porquê?
Em primeiro lugar, convém realçar que o vencedor do desafio e, consequentemente, do torneio seria aquele que ganhasse dois sets. Blake venceu o primeiro set e estava à beira de triunfar no segundo.
O americano vencia por 5-4 e estava a uma bola do triunfo. Dispunha, por isso, do chamado 'match point'. Ninguém acreditava num desfecho que não o da vitória de Blake. Montanes, esse, parecia 'morto'.
O americano dispôs de dois 'match points' e desperdiçou ambos. O espanhol não se rendeu, foi buscar forças que não se vislumbravam, evitou o desaire e ainda foi ganhar o set, obrigando a jogar-se um terceiro set de desempate. Aí, Montanes arrasou Blake e sagrou-se vencedor do torneio.
Blake facilitou e, num ápice, foi do céu ao inferno. Estava a uma bola de vencer por 2-0 e acabou por perder 2-1. Podia ter vencido em uma hora e vinte cinco minutos e acabou por perder em mais de duas horas de jogo...
Por sua vez, Montanes, que todos julgavam derrotado, acreditou sempre que era possível inverter as coisas. A força anímica que demonstrou naquela situação adversa constituiu, para mim, um grande exemplo. Eu, que torcia pelo americano, faço aqui uma 'vénia' ao espanhol. Que atitude de campeão!!!
Espero que todos nós, nas nossas vidas, consigamos ter idêntico poder de reacção face aos problemas com que nos depararmos.
Coragem, crença, determinação, força e positivismo para todos vocês... Sempre!
PS - O jogo foi repetido na tv e gravei-o. Não por ser um soberbo jogo do ponto de vista técnico, mas pelas lições que dele se podem retirar. Pode ser que o vídeo um dia ainda sirva para ajudar alguém... ou a mim mesmo! E já agora, ando cá com umas saudades de jogar ténis...
Abraço/beijinhos
terça-feira, 12 de maio de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
37 comentários:
Não vi o jogo :)
Mas concordo contigo, principalmente no ponto três!! É a mais pura verdade!!! Num momento estamos na mó de baixo e estendemos uma mão a pedir ajuda e noutro momento estamos na mó de cima e estendemos uma mão a oferece-la, num caso ou outro não estamos sozinhos, ou estamos lá para os amigos ou os amigos estão lá para nós..
Beijinhos grandes para ti :)
Na verdade o positivismo é meio caminho andado para a felicidade, concordo. Todos nós passamos por momentos menos bons e eu não sou excepção. Passei por uma situação complicada e tive de superar, com a ajuda de um grande amigo é verdade, mas descobri que afinal perante o desespero, não podemos deixar de reagir.
Bela lição...
Meu querido mas isso nao é apenas no tenis, aplica-se a praticanente tudo na vida. Sem determinacao nao se vai a lado nenhum!
Beijinhos cheios de positivismo :)
Sabes , só o facto de acreditarmos que conseguimos , independentemente de os outros ou as circunstâncias levarem a desacreditar, já é meio vitória , pois acreditar em nós é o que temos de mais potente para podermos "vingar"na vida .Eu costumo dizer para termos sempre pensamento positivo pois atrai coisas positivas e olha que é bem verdade!
Na final do Estoril Open apenas se confirmou que nem sempre o mais popular é aquele que ganha , mas sim aquele que mais acredita em si...e olha que o espanhol bem dizia que até era a primeira vez que aguardava serenamente por saber quem seria o seu adversário na final , pois nem sequer pensou um dia chegar a esta final ...aquela serenidade quis dizer alguma coisa...pois , pois , deves já estar a associar serenidade a tranquilidade(lol)mas não penses assim , até porque a minha vida não tem sido um mar de rosas ultimamente mas tenho-me mantido serena...ou vá lá , se quiseres , com tranquilidade...:)
bj
Muito bem!!
E tudo isto a ver ténis.. Eheheh
Boa bola, Pedro!!
Beijitos
mais um pouco e falavas em deus...
Como não percebo nada do jogo...
Eu vi o jogo... Gosto particularmente de ténis... É um desporto bastante imprevisivel... Quanto ao jogo, tens absoluta razão!!! O Blake adquiriu que já havia ganho... acho não teve capacidade de reacção qd o Montanes começou a marcar e sempre com bastante determinação... O principal de tudo é que Montanes sempre Acreditou ser possivel vencer, logo lutou para isso e de facto venceu!!! O fundamental é ACREDITAR!!! :) beijinhos Pedro!
Ser positivo e acreditar que é possível é daquelas coisas imprescindiveis. Eu pelo menos tento olhar sempre para o lado sorridente da vida.
Tens razão em todos os pontos que referes mas, sinceramente, detesto ténis!
P.S.: Campeões, campeões, nós somos campeões! (Sorry, mas não resisti!)
Viste o filme "Matchpoint"?
A vida pode, realmente, ser mesmo assim.
Miepeee: Claro que não é no ténis, este post não era sobre ténis!!! ;)
Shakti: Sempre com tranquilidade, mas cuidado com os resultados! Lolololo
Olhos dourados: Não percebeste? Acho que era fácil entender a ideia, mesmo para quem não gosta de ténis! O post não era sobre ténis, baseava-se em...
A Gata Christie: Parabéns, tenho que te oferecer um apito azul e branco! Lol
Gi: Não vi, mas já me falaram bem do filme e gostava de ver.
Abraço/beijinhos a todos
eu gosto muito de ténis... mas não vi tal jogo :(
Pedro: depois de ler até à ultima letra o que escreveste... aviso-te que vou cortar os pulsos.
Da próxima vez que assistires a um jogo... leva um chapéu. O sol não te faz bem ;)
muito bem analisada esta grande lição de vida...
tudo na vida, tal qual uma partida de ténis...
bjinho
albana
Não vi o jogo, mas vi a reportagem...fiquei impressionada com o espanhol, eu que, também, torcia pelo Blake. E concordo contigo em tudo o que disseste...a força de acreditar pode fazer a diferença...:)
bjitos
Também não vi o jogo!
MAs é mesmo uma grande lição!!!
Acreditar sempre!!!
bjcaaaaaaa
Não vi o jogo apesar de gostar de ténis...
Mas não só nesse jgo como em muitos outros jogos e desportos...Em tudo podemos achar metáforas para a vida e para a vitória e o sucesso que deveremos atingir na mesma.
Bem jogado!
joka
Há coisas assim, que do nada chegam e nos dão uma enorme lição de vida!!!
Não esquecer que a nossa oportunidade pode estar mesmo ali ao virar da esquina!!!
:)
Não vi o jogo, não ligo a ténis, mas gostei do resto... :P
Pensamento positivo e ambição.
Bjs.
As coisas que se aprendem contigo... Sim, senhor, bem visto!
Confesso que não estive muito atento ao ecran a assistir à final do torneio de ténis mas tens toda a razão sobre o exemplo de determinação que o Montanes demonstrou perante um certo sobranceirismo do adversário que ainda por cima era o favorito. Serve este exemplo para muitos outros das nossas vidas.
Agora sobre outro assunto, para além de agradecer ao Quique não me posso esquecer de agradecer também ao Camacho, ao Chalana, ao Koemen, ao Fernando Santos... ahhh e ao Paulo Bento!
Fan-tás-ti-co!!
Ja te disse que quando era pequena fui loira? Entao explica-me o post :P
Beijo.
Pois, Pedro.
Ainda há gente que sabe bem esperar o momento certo.
É toda uma lição.
Beijinhos
Eu gosto de ténis e concordo com as tuas palavras de força.
:)
Estou a saber agora o resultado :)
Mas tudo o que dizes é bem verdade e fizeste uma boa ligação a este jogo de ténis que pelos vistos valia bem a pena ver.
Beijos
Não percebo nada de tenis, mas se conseguiste tirar lições de vida tão cruciais dele então vale a pena assisti-lo...
;D
desculpa, DESCULPA, 1000 DESCULPAS, mas quando chegou à parte do ténis não consegui ler mais. porque além de não gostar, detestar até, qualquer tipo de desporto, não percebi nada daqueles palavrões. pronto, bate-me :P
(ah! e depois sou eu que escrevo testamentos, olha que tu.. LOL)
Bj
Também assisti ao dito jogo e não podia estar mais de acordo com as lições k dele retiraste! Há que acreditar... até ao fim!!
Acho que todos sabemos isto que dizes. No entanto, há alturas em que o maior golpe não chega para nos derrotar e outras em que basta um sopro. Apesar de sabermos que a diferença reside sempre na nossa atitude, eu tenho tido dificuldade em controlar essa atitude nos momentos chave. Sei que depende de mim, o meu cérebro dá as ordens certas (“levanta-te”, “força”, “aguenta”, “não reajas mal”, “sorri”, “anda para a frente”, etc.), mas o coração não responde da forma correcta. Não há nada que me derrote mais do que saber que o desfecho está nas minha mãos e eu não consigo reagir da melhor forma, mesmo sabendo qual ela é. :(
Adorei o post:)
Obrigada por teres partilhados esses teus pensamentos e concordo completamente contigo:)
um beijo grande
Eu vi o jogo... Eu compreendo, acho eu, o que aquilo é, eu joguei ténis uns anos, e quando um gajo desperdiça assim um ponto, vai-se abaixo, e depois corre tudo mal... Por isso é que nem todos são campeões! :P
1º Parágrafo – não é necessário pedires, eu leio sempre até ao fim com muito prazer :) (nada de analogias)
Ponto 1 – Em certas situações, da minha vida, esta “máxima” está sempre presente, já noutras a “toalha cai per si”. É que há “coisas” que são mesmo impossíveis.
Ponto 2 – Jogar pelo seguro não é limitador? Não nos torna “mecânicos” em demasia?
Ponto 3 – Verdade…
Ponto 4 – Pois…
Conclusão de Green Eyes (em jeito de analogia) : Por acaso o jogo correu bem e ele ganhou, mas se tivesse perdido não terias tu tirado a mesma conclusão? Não conseguir os nossos objectivos nem sempre é sinónimo de não se ter seguido todas essas máximas, mas pode ser, por exemplo, porque às vezes é melhor “perder” ou porque o “adversário” também é um lutador…
Sorry pelo extenso comentário, mas “ando numa” de pensar sobre a vida e este texto “inspirou-me” ;)
bj
p.s. em relação à última frase não posso ajudar... é que não sei jogar ténis... só por isso :)
(não percebi a parte do dúbio no "Tête-à-Tête" :{)
Eu li todinho!!! :D E, bem, quem diria... Não, não percebi a linguagem do ténis, mas percebi bem o resto! Eu costumo dizer que o caminho tem muitas pedrinhas, o que temos de fazer é continuar a caminhar, mesmo que a próxima seja do tamanho de uma montanha, e não voltar para trás. É quase o mesmo ;)
beijinho
Parabéns pelo post!
Cá está uma boa reflexão daquilo que deve ser a nossa postura perante a vida e as suas adversidades.
Este texto podia ser assinado por mim (só com a diferença de não escrever tão bem).
Faz este mês (dia 22) dois anos, que recebi a noticia que tinha cancro de mama.
Arregacei as mangas e fui à luta.
Acreditei sempre que podia vencer, mas sem subestimar o inimigo.
Hoje a minha vida já entrou na normalidade e a doença só me fez crescer, transformando-me numa outra mulher, mais forte, segura e muito mais feliz.
Obrigada pela amizade.
Beijo
Lisa
A vida é mesmo imprevisível e a nossa força de vontade leva-nos muitas vezes onde nunca pensámos conseguir chegar.
Big Kisses
Enviar um comentário