Soube recentemente que uma pessoa que conheço está a separar-se. E essa notícia deixou-me contente. Pode parecer-vos estranho ficar contente com uma novidade destas, mas, para mim, o mais importante, sempre, é a felicidade das pessoas. Neste caso particular, sei que a pessoa em causa merece melhor. Bem melhor.
Só dispomos de uma oportunidade para viver e, como tal, devemos procurar ser o mais felizes possível. Se para isso for necessário mudar de vida e fazer um corte com o passado, então devemos fazê-lo. Sem dúvida! Mesmo podendo não ser fácil...
Aplaudo, por isso, a coragem desta pessoa em começar uma nova etapa de vida, em busca de um sorriso que lhe faltava. Apesar de essa pessoa lamentar "ter perdido alguns anos de vida", o certo é que há quem perca uma vida inteira numa relação zero, ou quase. Agora é hora de olhar em frente, com a esperança de um futuro mais risonho... com alguém ou só. Isto porque, na minha óptica, não é vital termos alguém (permanentemente) connosco para conseguirmos viver na 'rua da felicidade'.

E é aqui que reside um dos grandes problemas das pessoas: estar só! A grande maioria das pessoas - também homens, mas sobretudo mulheres - têm uma enorme dificuldade em estarem sós, o que ainda se torna mais complicado quando as amizades não abundam.
Para essas pessoas, estarem sós é sinónimo de andarem de cabeça perdida, em situação de desespero total. A vontade de se 'colarem' outra vez é de tal forma grande que, na maior parte das vezes, ainda não curaram uma e logo se metem noutra, em alguns casos sem saber muito bem com quem. O importante, para estas pessoas, não é estar bem, é não estar só. E isso é um erro do tamanho do mundo!
Não é a cair nos braços da primeira pessoa que 'aparece' à frente que se combate a solidão. Pelo contrário. Por vezes, isso é entrar na solidão por uma vida inteira, quando, mais tarde, não se tem forças para sair do caminho anteriormente escolhido...
No meu caso pessoal, lido bem com a solidão e só lidarei mal quando sentir que tenho que ter aquela pessoa específica ao meu lado e não uma qualquer para 'tapar-buraco'. Por isso, fujo a sete pés de quem, desesperadamente, me tenta 'agarrar', querendo privar-me da minha liberdade e felicidade. Tenho andado com quem quero, por onde quero e a fazer o que me apetece. Graças a Deus, amigos não me faltam e, de lés a lés, há umas pequenas paixões pelo meio. Até agora, tenho sido feliz assim...
Abraço/beijinhos