LIBERDADE DE (EX)PRESSÃO?

É triste quando uma pessoa que ocupa um cargo mediático não sabe lidar com as críticas ao seu trabalho. Saber conviver com as opiniões, mesmo com as adversas, é um dos ossos do ofício de quem exerce uma função dessa natureza. Nada que custe muito - creio eu -, sobretudo, quando, no final do mês, se aufere uma quantia choruda.

É totalmente incompreensível, para mim, que uma pessoa encare uma crítica ao seu desempenho profissional como um ataque pessoal.

Certo é que há que separar as águas. Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque... Vou dar um pequeno exemplo. Ainda que em jeito de brincadeira e paródia, critiquei aqui, neste blog, algumas vezes, o senhor Quique Flores, antigo treinador do Benfica.

E critiquei porquê? Porque como observador atento do futebol, tenho o direito e a legitimidade de ter e expressar a minha opinião relativamente ao desempenho do treinador. Tão-somente! E isso não o ofende minimamente. Em termos pessoais, nada me movia contra o técnico espanhol, que, aliás, me parece - como também sempre fiz questão de realçar - um verdadeiro senhor, educado e com uma postura irrepreensível.

E para rematar, é sempre assim: quando elogia, o jornalista é sempre um espectáculo; quando diz verdades que incomodam é isto, é aquilo, é mentiroso e é sempre um alvo a abater...

Liberdade de expressão? Será? Ou será mais liberdade de pressão de quem não sabe lidar com a dita pressão? Há tantos exemplos por aí...

PS - Lamento bastante pelo episódio ocorrido esta manhã no aeroporto. Lamento mais ainda, por envolver uma pessoa que trabalhou comigo e da qual tenho orgulho em ser amigo. És o maior, Jorge! Rebenta com eles!!!

Abraço/beijinhos